Era uma vez uma garota que não sabia muito sobre si mesma,
não sabia ao certo o que queria, entretanto tinha certeza de
uma coisa: desejava alguém. E não sabia porquê.
Esse alguém era um alguém como outro qualquer, não tinha
mistérios. Mas para ela tinha. Ela queria conhecer mais sobre
seu jeito, enxergar além dos seus olhos ou através deles o
mundo como ele é.
A garota gostaria de descobrir uma maneira de aproximar-se do
seu alguém. Sentia tanta vontade de tocá-lo que chegava
até a doer. Ela passava dias imersa em seus sonhos estranhos
em que conseguia o que queria... voava para longe, observando
em visão panorâmica cada movimento do alguém.
Esse alguém não reparava nela tanto quanto ela gostaria. Ela
talvez não fosse digna de sua atenção. Para piorar, a garota
não sabe como agir quando está interessada em uma pessoa.
Fica melosa, grudenta, insistente e idiota. Insuportável. Isso
só a afasta do tal alguém.
Era uma vez um fim, que não é de todo um fim: é, na verdade,
tentativa falha de esquecer. E assim a garota contenta-se com
seu fim fajuto, tentando seguir como se os sentimentos
despertados por aquele alguém já não a atormentassem mais.
Como se o alguém sequer tivesse cruzado seu caminho.
Ela continua seguindo, misturando-se entre a multidão de pessoas,
apagando-se na indiferença...
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